Imagem dos maciços de torres del paine ao amanhecer

Torres del Paine

Nosso grau de satisfação com algo é uma relação direta entre a expectativa inicial e a experiência vivenciada. Ou seja, quanto maior a expectativa, mais difícil será ficar totalmente satisfeito. Por termos consciência disto, estávamos com um certo receio quanto a Torres del Paine, na Patagônia chilena. Queríamos conhecer há bastante tempo e, por todas as fotos que vimos, esperávamos encontrar um lugar fantástico. Na verdade, o Parque Nacional Torres del Paine superou nossas expectativas, ocupando posição de destaque entre os lugares mais incríveis que conhecemos.

Índice

Explorar locais de beleza natural é a maior motivação em nossas viagens. A combinação perfeita de lagos cristalinos, rios, quedas d’água, glaciares, vegetação exótica e, principalmente, as imponentes montanhas em granito de Torres del Paine nos causou uma sensação arrebatadora.

Os chilenos contam com orgulho aos visitantes sobre o título de 8ª Maravilha Natural do Mundo. A premiação ocorreu em 2012, promovida pelo VirtualTourist.com, do grupo TripAdvisor. Torres del Paine concorreu com outros 330 destinos de 50 países e levou a melhor na disputa. Não à toa, a simples divulgação da conquista aumentou em mais de 25% a visitação do parque já no ano seguinte, chegando a 180.000 turistas.

imagem do pajero em Torres del Paine
Nosso companheiro na Expedição Cone Sul

Onde fica Torres del Paine

Localizado na Patagônia chilena, na região de Magalhães e da Antártida chilena, o Parque Nacional Torres del Paine fica a aproximadamente 2.700km ao sul de Santiago e quase 5.000km de São Paulo. A cidade mais próxima é Puerto Natales, a 90km, muitas vezes usada como base para explorar o parque.

A apenas 250km de El Calafate, na Argentina, é comum que os visitantes combinem estes dois destinos fantásticos em sua viagem. Nós fizemos e recomendamos muito que você visite ambos. Outra dobradinha bem interessante é Ushuaia, no extremo sul de nosso continente, já em terras argentinas.

Clima em Torres del Paine

A única coisa estável quanto ao clima na Patagônia é um vento forte e frio constante, proveniente da Antártida. Em função disto, o clima muda muito rapidamente e os chilenos brincam sobre terem as quatro estações do ano em um mesmo dia, sempre. Em nossa visita, em março de 2019, encaramos muitos momentos de chuva. Mesmo sendo verão estava muito frio, com temperaturas mínimas de 3oC. A umidade e o vento tornavam a sensação térmica ainda mais baixa.

A oscilação diária fica em torno dos 10oC. O verão traz máximas de até 17oC e mínimas de 3oC. No inverno, a temperatura fica entre os -2oC e 2oC.  Primavera e outono ficam entre 2oC e 13oC. Novembro é o mês mais seco e, como pudemos constatar na prática, março é o que mais chove.

imagem do vento na patagônia chilena
Vento constante na região

Não há uma estação meteriológica na região que possamos conferir a temperatura média, então apresentamos a de Puerto Natales, cidade mais próxima do parque.

Quando ir

Pela localização no extremo sul do nosso continente, as temperaturas são bem mais baixas que as encontradas no Brasil. A época em que as temperaturas são mais agradáveis é obviamente o verão, alta temporada. Os dias são mais longos, chegando a 16h de luz solar, pois o pôr do sol ocorre após as 22h. É também quando a natureza está mais exuberante, com muitos tons de verde. Recomendamos evitar o mês de março pela alta incidência de chuvas, que podem impactar alguns passeios e se você quiser acampar. Muitas vezes, as nuvens chegam a encobrir totalmente as montanhas de granito, frustrando a maior expectativa dos visitantes.

As demais estações são consideradas como baixa temporada, significando diárias mais acessíveis, menos visitantes no parque e temperaturas muito baixas. Outono traz lindos tons avermelhados às folhas das árvores, enquanto a primavera apresenta o belo colorido das flores e todos os tons de verde à vegetação. Já o inverno é a época a não ir a Torres del Paine. Bem rigoroso, apresenta dias curtos, temperaturas negativas e vários hotéis fechados. Apesar da neve tingir o cenário de branco e ficar lindo, impede a maioria dos passeios.

Imagem do lago del toro e o maciço do Torres del Paine ao fundo
Lago del Toro e Los Cuernos ao fundo

Como ir

Torres del Paine é muito longe e chegar a partir do Brasil um verdadeiro desafio. Não há aeroportos próximos, nem voos diretos a partir do nosso país para a região. Independente deste pequeno obstáculo, não desanime: a recompensa virá na mesma proporção do seu esforço para ir até lá.

Com isto em mente, você terá algumas alternativas. Caso esteja em São Paulo ou Rio de Janeiro, poderá pegar um voo direto para Santiago e um segundo que levará 3:15h até Punta Arenas, onde está o aeroporto mais próximo em terras chilenas. Punta Arenas fica a 320km de Torres del Paine e esta última parte da viagem será terrestre, de ônibus ou carro alugado, levando aproximadamente 4h.

Uma segunda opção, muito interessante e que recomendamos bastante, é combinar a visita a Torres del Paine com a Patagônia argentina. Se tiver esta oportunidade, veja nossas fotos e dicas sobre El Calafate e o Glaciar Perito Moreno, pois temos certeza que se convencerá a visitar a região. Nossa sugestão é alugar um carro e ficar ao menos de 3 dias antes de seguir viagem.

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Os dois destinos estão a apenas 250km de distância um do outro, por uma estrada boa e bem sinalizada. Nós conhecemos Torres del Paine durante a Expedição Cone Sul, quando percorremos mais de 20.000km por nosso continente a bordo de um Pajero 4×4. Caso alugue um carro, apenas lembre-se de avisar que cruzará a fronteira, pois precisará de autorização específica.

Neste caso, você pode fazer conexão em Buenos Aires, com opções a partir das principais capitais do Brasil. O segundo voo terá também 3:15h, chegando ao moderno e central aeroporto de El Calafate. O trajeto entre os destinos leva apenas 3h, dependendo do movimento na fronteira, e passará por belas paisagens. O único cuidado necessário é abastecer o carro antes de sair, pois não há postos de combustível pelo caminho.

Quando estivemos na região, em março de 2019, as estradas não estavam em boas condições no lado chileno e em alguns trechos sequer estavam asfaltados. Havíamos cruzado o Chile de carro desde o Atacama e todas as demais vias que conhecemos no país apresentavam condições impecáveis. De boa notícia, a estrada estava em obras e acreditamos que, a esta altura, a situação esteja muito melhor do que vivenciamos.

Como se deslocar em Torres del Paine

Nossa sugestão, como quase sempre, é alugar um carro. Esta opção permitirá que faça seu próprio roteiro, com total flexibilidade de horários. Contemplamos e fotografamos os principais mirantes com calma, em nosso ritmo, o que sempre faz a diferença em nossas viagens.

Estar de carro será importante especialmente se sua opção for hospedar-se fora do Parque Nacional, em Puerto Natales. Muitos dos visitantes utilizam a cidade como base e fazem bate e volta diariamente ao Parque Nacional. Caso tenha a oportunidade de ficar em algum dos excelentes hotéis localizados dentro do parque, verifique se os passeios estão incluídos nas diárias. Este pode ser um grande diferencial.

Caso prefira a tranquilidade de contratar com guias, há muitas opções de agências receptivas e você poderá montar seu roteiro e contratar seus passeios antecipadamente através dos links abaixo.

Viaje com segurança

Viajar com um seguro viagem é imprescindível, tanto em viagens nacionais quanto internacionais. Alguns imprevistos não mandam sinais (como crise de cálculo renal ou apendicite) ou até um escorregão em uma escadaria. Todos estamos sujeitos a isto.

Outra importante vantagem de contratar um Seguro Viagem é poder contar com ressarcimento por bagagem extraviada, danos à bagagem ou viagem cancelada.

Você pode contratar um seguro viagem nacional a partir de R$3,90/dia ou um seguro viagem internacional a partir de R$9,00/dia. São valores que não impactarão seu planejamento, mas permitirão que você viaje tranquilo.

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O que levar ao Parque Nacional

Em virtude das características térmicas e geográficas da região, recomendamos que vá bem preparado para enfrentar o frio e ventos constantes, mesmo no verão. Em qualquer época do ano, recomendamos ir muito agasalhado, pois devido à umidade, a sensação térmica é ainda mais baixa.

Além de camadas de roupas para se proteger (famoso efeito cebola) , é recomendável que aplique protetor labial e solar para proteger a pele.

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Devido às distâncias longas e pouquíssimas alternativas para comprar algo, tente levar água potável e alimentos calóricos para ajudar você a suportar a temperatura. O parque é grande e há poucas lojas onde pode adquirir algo, ainda assim com valores muito elevados.

Parque Nacional Torres del Paine

Com paisagens cinematográficas, este parque é considerado pelos chilenos como o mais bonito do país, e suas montanhas entre as mais belas do mundo. Criado em maio de 1959, a área protegida de 1.800km2 recebeu o nome de Parque Nacional de Turismo Lago Grey, sendo alterado dois anos depois.

O nome atual faz mais jus às belezas da região. Afinal, as principais atrações são, sem dúvida alguma, as imensas e onipresentes montanhas da Cordilheira Paine. Separadas dos Andes, foram formadas pelas ações de eventos naturais como terremotos, ventanias e gelo ao longo das últimas eras glaciais. Há três entradas no parque: a Serrano, ao lado do Lago del Toro, a entrada Sarmiento, ao lado do lago de mesmo nome, e Laguna Amarga, próxima à bela lagoa.

Montanhas de Torres del Paine

As famosas Torres del Paine são três imensos maciços de granito localizados no meio do parque. Monzino, Central e Di Agostini, os picos, têm mais de 2.000m de altura. Estar próximo a esta imensidão é um daqueles momentos em que a gente se sente muito pequeno…. minúsculo, mesmo.

Tão impressionantes quanto as torres são Los Cuernos, ou Os Chifres. Formam uma composição de cair o queixo, visível a partir de quase todo o parque. Simplesmente surreal, de tão bonito! Paine Grande é o pico mais elevado entre as formações da região, com estimados 2.850m.

imagem das torres del paine
Torres del Paine

Lagos em Torres del Paine

O parque vai muito além das imensas torres de granito que o nomeiam. Seus lagos possuem cores distintas, do azul intenso e cristalino ao verde esmeralda e leitoso. Estas variações devem-se à origem e tipo de composição de suas águas, criando cenários indescritíveis.

iamgem do final do lago del toro
Canal do Lago del Toro

Além das diferentes tonalidades, os lagos possuem formatos e tamanhos completamente distintos. Há o Grey, del Toro, Pehoé e Sarmiento, além do impronunciável Nordenskjold. Formados a partir de água de degelo, apresentam incríveis tons de verde, azul e até acinzentados, caso do Grey. Há também belas quedas d‘água, como Salto Grande, Salto Chico e Paine.

No Centro Administrativo do parque, próximo à entrada Serrano, encontramos muitas informações sobre a região e uma enorme maquete com a representação dos lagos, com suas cores características.

imagem da maquete no centro de visitantes do parque nacional torres del Paine
Maquete no centro administrativo

Infelizmente não haviam mapas para serem entregues aos visitantes na portaria Serrano quando estivemos, mas segundo os funcionários isto é incomum. Na dúvida, recomendamos que baixe seu próprio mapa pelo Google maps no celular para usar off-line, caso necessário.  Sentimos falta, pois só conseguimos um exemplar simples e pequeno no último dia, no centro de visitantes da Reserva Cerro Paine, uma área particular dentro do parque. Este mapa é super interessante, em especial para quem fará os trekkings mais longos. A marcação dos circuitos apresenta a localização de mirantes, campings e sanitários, com informações sobre altitude, distâncias e tempo de caminhada previsto entre os pontos.

imagem do Cerro Paine
Centro Cerro Paine

Além do encanto com as belezas naturais, ficamos impressionados também com a quantidade de visitantes da terceira idade. Em grupos maiores ou em casais, exploravam o parque caminhando com mais energia que nós! Poucos dias depois, conhecemos jovens brasileiros que fizeram o circuito W (e adoraram!). Tiveram a companhia de um senhor de 75 anos, recém curado de um câncer, que decidiu fazer o passeio sozinho para comemorar sua vitória pessoal. Uma história simplesmente inspiradora.

Lago e Glaciar Grey

Declarado Reserva da Biosfera Mundial, o Lago Grey oferece uma vista belíssima do glaciar e dos enormes icebergs em tons de azul. Com mais de 500m de profundidade, seu nome deve-se à tonalidade acinzentada de suas águas. Durante o frio verão patagônico, os mais corajosos aventuram-se a praticar caiaque para aproveitar sua fantástica vista. O amanhecer em suas margens proporciona um dos maiores espetáculos que presenciamos em nossa viagem pelo Chile.

Imagem do amanhecer no Lago Grey
Amanhecer no Lago Grey

O Glaciar Grey tem aproximadamente 30km de comprimento e faz parte de uma das maiores concentrações de gelo fora dos polos, o campo de gelo Patagônico Sul. Apesar de menos impactante que Perito Moreno, ainda assim arranca suspiros. Ao contrário do glaciar argentino, que encontra-se em expansão, infelizmente o Glaciar Grey vem diminuindo com o passar do tempo.

imagem do Glaciar Grey
Glaciar Grey

Um dos passeios imperdíveis no parque é a navegação de 3h pelo Lago Grey, a partir do píer do Hotel de mesmo nome. Dependendo da época do ano e condições climáticas, requer uma caminhada de 40 minutos para chegar ao local de embarque. Você passará ao longo das faces leste e oeste do glaciar, a uma distância considerada segura. Além do glaciar, verá em seu passeio vários icebergs, enormes blocos de gelo azulado que desprenderam-se do glaciar.

Imagem da navegação no lago grey
Navegação no Lago Grey

Você poderá optar por fazer a navegação ida e volta ou concluir a navegação na base do glaciar, BigFoot. Caso as condições permitam, poderá andar de caiaque ou fazer trekking sobre o glaciar.

Lago Pehoé

Águas cristalinas, montanhas ao fundo e perfeito para observação de animais. É onde fica um dos melhores hotéis da região, o Explora. Para cruzar o Lago Pehoé há também a navegação por catamarã a partir do Pudeto Pier, próximo ao Salto Grande. Com duração de 30 minutos, chega até o centro de apoio aos visitantes de Pehoé, utilizado por alguns como ponto inicial dos circuitos W e O.

Imagem do lago Pehoé em Torres del Paine
Lago Pehoé

Trekkings em Torres del Paine

Os trekkings realizados entre os famosos maciços de granito atraem montanhistas e aventureiros de todo o mundo. Por ser uma área de preservação natural, há uma série de normas e restrições a serem seguidas. Como a demanda é grande, em especial durante o verão, é necessário realizar sua reserva antecipadamente. Para isto, precisará ter um planejamento fechado considerando as datas e o roteiro a seguir. Pela oscilação do clima, esteja preparado com jaquetas corta-vento, roupas tipo segunda pele, luvas e gorros. Obviamente, calçados especiais para caminhada são importantes e podem fazer toda a diferença em sua aventura.

Circuito W

O concorrido circuito de trekking conhecido como W percorre alguns dos principais mirantes do parque. Seu nome deve-se à forma do trajeto, que passa por três grandes vales aos pés das montanhas de granito: Vale de Ascencio, del Francés e del Glaciar Grey. Para encará-lo, precisará de coragem e ótimo condicionamento físico, pois o desafio prevê 71km de caminhada e leva entre 4 e 7 dias para ser concluído.

Imagem do glaciar no Monte Almirante Nieto
Monte Almirante Nieto

Circuito O

Também conhecido como Maciço Paine Grande, este circuito é mais completo que o anterior, demandando mais condicionamento físico e planejamento. Apesar da caminhada total compreender 115km, oferece nível intermediário de dificuldade. O início fica próximo da Laguna Amarga e explora toda a formação das famosas torres, chegando a mais de 1.300m de altura. O trajeto circunda os maciços, levando entre 7 e 10 dias para ser percorrido.

Caminhada à base das torres

Com 20km de trajeto, requer nível intermediário de condicionamento e é realizado em apenas um dia. Como o nome diz, você chega até a base dos maciços, passando por mirantes incríveis. Havíamos marcado para fazer este trekking, mas a previsão era de muita chuva no período da manhã e optamos por um passeio alternativo.

Imagem da Cachoeira Paine
Cachoeira Paine

Fauna e flora no Parque Nacional Torres del Paine

Outra atração do parque que atrai visitantes de todo o mundo são as riquezas de sua fauna e flora. Em função da diversidade do clima, o parque abriga muitas espécies, como condores, raposas (zorros), veados (huemuls), guanacos, ema (ñandu) e corujas, que podem ser observados a uma pequena distância. Há também pumas, mais fáceis de encontrar nos meses de novembro e dezembro, além de vários répteis, anfíbios e peixes.

Sua flora, com mais de 270 espécies de plantas típicas da estepe da Patagônia, deserto andino e floresta de Magalhães. Você encontrará também o famoso calafate, arbusto com espinhos e flores amarelas. Seu fruto de mesmo nome, às vezes confundido com balckberries/mirtilo, é muito utilizado por toda a Patagônia como matéria prima para geleias, sorvetes e licores. Nós experimentamos o calafate sour e gostamos tanto que repetimos várias vezes.

Onde ficar em Torres del Paine

Para hospedar-se dentro do parque você encontrará principalmente os extremos: campings e lodges para aventureiros ou hotéis luxuosos e caros, com alimentação e passeios incluídos. A maioria das mais opções intermediárias ficam Puerto Natales, a 1:30h de distância do parque. Entretanto, é importante ressaltar a ausência de postos de gasolina próximos ao parque nacional, então sempre deverá abastecer na cidade.

Tivemos experiências excelentes no Parque Nacional Torres del Paine. Ficamos duas noites hospedados no Hotel Lago Grey, um dos mais tradicionais do parque. O hotel oferece uma vista única para o lago, o glaciar e as famosas formações em granito.  

As suítes são amplas e as camas bastante confortáveis. Assistir ao amanhecer com aquela paisagem a partir da porta de vidro do quarto é como estar em um pedacinho particular do paraíso! Além disso, o bar e o restaurante oferecem diversidade e boa qualidade, sendo lugares perfeitos para observar o pôr do sol na região. Do píer do hotel sai o passeio para a navegação no Lago Grey.

Ficamos também no Patagonia Camp, a 9km da entrada do Parque Nacional e às margens do belo Lago del Toro. Diferentemente do que o nome possa sugerir, este all-inclusive oferece uma opção de hospedagem fora do tradicional. Ao invés de quartos ou cabanas, ficamos em um yurt, inspirado em tendas típicas da Mongólia. A suíte climatizada tem uma enorme e confortável cama, com uma cúpula circular transparente por onde é possível observar as estrelas ou curtir a imagem e o barulhinho de chuva caindo. No banheiro completo você encontrará produtos biodegradáveis de excelente qualidade. Nosso yurt, além de uma vista sensacional para o Lago del Toro e Los Cuernos, dispunha de varanda e jacuzzi privativa. Relaxar naquele cenário após um longo dia de caminhadas foi um privilégio inesquecível.

Difícil descrever esta experiência sem cair em clichês: foi tudo absolutamente perfeito. Atendimento, refeições, passeios, localização e acomodações dignos de um 6 estrelas. Conforto e serviços a níveis muito superiores a alguns hotéis 5 estrelas que conhecemos. Em nossa opinião, a avaliação no booking.com, de 9,4, não reflete a realidade. Apesar de termos procurado, não achamos um quesito sequer que merecesse nota abaixo de 10. Com certeza, entre os melhores hotéis que já nos hospedamos no mundo.

Gostamos tanto da experiência no Patagônia Camp, que fizemos um post dedicado e com mais informações e detalhes. Sensacional !!!

Você encontrará outras opções de hospedagem de luxo no parque, a maioria com opção de sistema all-inclusive, ou seja, com todas as refeições e passeios incluídos no valor da diária. É o caso do Tierra Patagonia, do Explora e do Rio Serrano Hotel e Spa.

Quanto a opções mais simples, há áreas bem estruturadas para campings em vários pontos do parque. É necessário reservar com antecedência e, especialmente para a realização dos trekkings, você será obrigado a recorrer a estes espaços ao longo do caminho. Há boa estrutura para os visitantes, como banheiros coletivos que, apesar de rústicos, são bem limpos.

O Parque Nacional impõe uma série de normas e restrições, todas visando proteger a natureza. No passado, o descumprimento de algumas destas regras causou dois grandes incidentes, cujas consequências marcam o parque até hoje. Nosso guia nos contou sobre estes fatos emocionado, narrando com lágrimas nos olhos detalhes sobre a destruição ocorrida pelo fogo.

Caso você não se hospede em um dos hotéis all-inclusive localizados dentro do parque nacional, recomendamos que planeje sua alimentação antecipadamente. Sobre onde comer em Torres del Paine, a melhor dica é levar seus próprios lanches ao explorar a região. Tivemos refeições incríveis, mas proporcionadas pelos hotéis. Mesmo durante os passeios, a equipe de guias do Patagonia Camp providenciou um lanche super caprichado para nós. Em nosso único dia sozinhos no parque, almoçamos em um dos restaurantes e nos surpreendemos muito com os preços praticados. Para você ter uma ideia, pagamos o equivalente a US$ 6,50 por uma latinha de refrigerante.

Puerto Natales

Puerto Natales é a cidade com infraestrutura turística adequada mais próxima e é utilizada como base por muitos visitantes. Fica a 90km do Parque Nacional Torres del Paine, um trajeto de mais de 1:30h. A cidade, em si, oferece poucos atrativos, mas o pôr do sol no píer é especial e merece ser contemplado sem moderação.

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