O que fazer em Reims e região de Champagne

Um bate-volta perfeito para quem tiver uns dias a mais em uma viagem à Paris é a região de Champagne. A aproximadamente 140 km da capital francesa, é tão bonita que desde 2015 faz parte do Patrimônio Mundial da Unesco. A bebida local é apenas um dos muitos atrativos para passar bons momentos por lá, pois há muito o que fazer em Reims e cidades próximas.

Reims (pronuncia-se Rãs) é a principal cidade da região e recomendamos usar como base para explorar as demais. Maior e com mais estrutura turística que Épernay, fica a apenas 30km de distância. A região de Champagne é belíssima e, apesar de não ter cidades medievais como na Toscana, possui um charme especial. Para quem gosta de paisagens, as plantações de uva margeando o Rio Marne rende boas fotos.

Como Ir a Reims

Para este passeio sugerimos alugar um carro em Paris, através da Rentcars, e pegar a estrada A4 rumo à Reims. Além de facilitar a viagem, dará autonomia e flexibilidade para explorar a região de Champagne sem depender da contratação de tours. É uma viagem de apenas 1:30h e sua primeira boa surpresa serão as pistas largas, bem asfaltadas e sinalizadas. Além disto, se for durante a primavera, terá o benefício adicional de ver a floração de colza, flor amarela utilizada para produção de biodiesel e óleo canola. Nesta época os campos ficam lindos, cobertos por um tapete verde e amarelo, lembrando as cores da nossa bandeira. De encher os olhos e a alma.

Outra alternativa interessante é ir de TGV, o trem de grande velocidade. Uma viagem de apenas 56 minutos com muito conforto, saindo da estação Gare de l’Est. As passagens podem ser adquiridas com antecedência pelo site da SNCF, empresa oficial, ou pela RailEurope (mesmo preço e em português!), e custam a partir de €15. Nesta opção, precisará contar com deslocamento de taxi ou contratar tours com operadoras locais.

Quando Ir

A melhor época vai depender do que deseja ver. Na primavera no Hemisfério Norte, terá a visão que retratamos nas fotos, com a vegetação florindo, exaltando toda sua beleza. Nesta época, a temperatura também é agradável, sem grandes oscilações. No verão, verá as parreiras um pouco mais cheias, mas as cerejeiras quase sem flores. A temperatura estará alta, convidando você a degustar a famosa bebida local bem gelada   🙂  Nesta época há ainda festivais de música e outros eventos.

No outono não verá tantas flores, contudo poderá presenciar a colheita das uvas e provar algumas delas ainda no pé. Em meados de outubro ocorre o concorrido Champagne Day, quando celebram “as bolhas, alegrias e encontros”. No inverno, provavelmente preferirá os programas em ambientes fechados, pois a parte externa não terá tantos atrativos. Dirigir poderá ser um desafio, devido à neve.

Onde ficar

Se você tiver 2 dias para conhecer melhor Reims e a região de Champagne com calma, vale muito a pena ficar alguns dias e esticar o bate e volta. Uma boa opção de hospedagem, tanto em termos de localização quanto custo x benefício, é o  Park & Suits Reims Parc des Expositions. Com quartos amplos, estacionamento gratuito e uma cozinha básica, apenas o serviço e o café da manhã deixam um pouco a desejar.

Viaje com segurança

Viajar com um seguro viagem é imprescindível, tanto em viagens nacionais quanto internacionais. Alguns imprevistos não mandam sinais (como crise de cálculo renal ou apendicite) ou até um escorregão em uma escadaria. Todos estamos sujeitos a isto.

Outra importante vantagem de contratar um Seguro Viagem é poder contar com ressarcimento por bagagem extraviada, danos à bagagem ou viagem cancelada.

Você pode contratar um seguro viagem nacional a partir de R$3,90/dia ou um seguro viagem internacional a partir de R$9,00/dia. São valores que não impactarão seu planejamento, mas permitirão que você viaje tranquilo.

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O que fazer em Reims e na Região de Champagne

Reims também é conhecida como a Cidade dos Reis ou das Coroações, pois a belíssima Catedral de Notre-Dame foi palco da coroação de 25 reis franceses. Construída no séc. XIII, é Patrimônio Histórico Unesco e levou aproximadamente 300 anos para ser finalizada, sendo inaugurada em 1516. Uma das grandes construções em estilo gótico no pais, possui mais de 2.300 estátuas e vitrais enormes.

Você pode estar se perguntando se não nos enganamos em relação ao nome da Catedral, afinal a mais famosa fica em Paris. Na verdade, Notre-Dame é a expressão francesa para Nossa Senhora, havendo inúmeras igrejas e catedrais em sua homenagem pelo país.

Caves na região de Champagne

Para visitar maioria das grande caves há necessidade de agendamento prévio. Consultamos várias antes da nossa ida: Moet & Chandon (Dom Perignon), Veuve Clicquot, Taittinger e Mumm. Apesar de cada uma ter suas próprias condições, oferecem normalmente visitas guiadas em inglês ou francês. Com duração de 1h, incluem degustação no final, a um custo médio de €25. Este valor oscila de acordo com o pacote escolhido, diminuindo se não experimentar o champagne ou aumentando se degustar produtos premium da cave harmonizados em uma refeição.

Moet & Chandon – Épernay

Levando todas as variáveis em consideração, recomendamos conhecer a Moet & Chandon (para nossa surpresa, pronuncia-se Moéti), estabelecida na cidade de Épernay. Fundada em 1743, a cave tem estrutura impressionante e uma história que se mescla à da França. O principal, é claro – também tem excelentes champagnes.

Na visita, você aprenderá várias curiosidades sobre a produção e o consumo de champagne. Por exemplo, não deve-se agitar a garrafa e abri-la sob pressão. O correto é girar delicadamente a rolha. Quanto ao tempo máximo adequado para consumo, recomenda-se manter por um período igual ao que a bebida ficou armazenada para fermentação. Mas fique esperto: o preço dos produtos em algumas lojas especializadas é mais atrativo que na da própria M&C.

G.Tribaut – Hautvillers

Indicamos muito que conheça e deguste os produtos de um produtor local de menor porte. Sugerimos a Tribaut, em Hautvillers. A cidadezinha, a apenas 30 minutos de Reims, é muito charmosa e conhecida pela abadia onde Dom Perignon teria criado o champagne. Os Tribaults fornecem a maior parte das suas uvas às grandes caves, mantendo uma pequena parte para produção própria. Experimentamos 4 tipos e foi muito interessante perceber a diferença, nem sempre sutil. Há bebidas produzidas a partir de combinações de uvas distintas ou com as mesmas uvas em proporções diferentes. Além de bons espumantes, demos sorte de visitar o local em um dia aberto e aproveitamos a vista dos vinhedos do alto.

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